Semana Rodolpho Telarolli encerra-se com novas perspectivas para Araraquara

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Araraquara tem muito a ensinar e a aprender. Foi o que mostrou a V Semana Rodolpho Telarolli, realizada de 2 a 4 de agosto na Câmara Municipal, organizada pela Escola do Legislativo (EL). Em três dias de debates, palestrantes de diversas áreas apresentaram diferentes visões de experiências do passado, do panorama atual e das perspectivas para o futuro da cidade, uma reflexão oportuna na comemoração dos seus 200 anos. “O nosso objetivo foi promover um espaço de aprofundamento e discussão de ideias na Câmara, trazendo a população para dentro deste espaço, que, afinal, é a Casa do Povo”, explica Alícia Gimenez, coordenadora da EL. A Semana teve início na tarde de quarta-feira (2), com três participações. A professora Teresa Telarolli, secretária de Cultura e filha do homenageado, fez uma reflexão emocionada sobre a trajetória pessoal e profissional do pai, um dos maiores estudiosos da história de Araraquara. O professor Rodrigo Alberto Toledo, da Unesp, abordou o planejamento urbano em Araraquara desde os seus primórdios, no início do século XX. Encerrando o primeiro evento, o diretor da Unesp, Claudio Cesar Paiva, discorreu sobre inserção urbana e adequação socioeconômica, urbana e ambiental. Na noite de quarta-feira, foi a vez de estudantes universitários apresentarem trabalhos sobre Araraquara: Natália Carvalho de Oliveira falou sobre a influência do batuque na formação cultural da cidade; Charles Vinicius dos Santos Cruz explicou o funcionamento do aplicativo Moovit, para encontrar horários e linhas de ônibus; Fabrício Marchese Santos discorreu sobre gestão fiscal; e Maira Gonçalves Lopes discutiu audiências públicas para o Plano Diretor de Araraquara. Uma mesa-redonda sobre meio ambiente e mobilidade urbana reuniu o superintendente do Departamento de Água e Esgotos (DAAE), Wellington Cyro de Almeida Leite, o engenheiro de trânsito da Coordenadoria de Mobilidade Urbana Milton Domingues Jr. e a professora da Unesp Stela Ansanelli na tarde de quinta-feira (03). Temas como acessibilidade, ocupação da orla viária, alternativas para o trânsito, gestão ambiental, desenvolvimento sustentável, gestão de resíduos sólidos, uso e ocupação do solo e crise ambiental fizeram parte das discussões. “Araraquara está passando por um momento difícil em termos ambientais e hídricos gerado, principalmente, pela ocupação desordenada do solo, motivada pela especulação imobiliária. Precisamos refletir sobre o modelo de cidade que queremos deixar para as gerações futuras”, alerta Cyro. A Semana encerrou-se na sexta-feira (04) com o panorama da diversidade em Araraquara. Representantes de coletivos da cidade discutiram temas envolvendo cidadania, sexualidade e a influência do continente africano em nossa formação cultural. Quem abriu o debate foram os doutorandos de Ciências Sociais Tatiane Souza e Geander das Mercês, do Akoma, um grupo de estudos de africanidade da Unesp. A seguir, Natália Fernanda Vespa, do coletivo Papo das Bee, que dividiu a tribuna com a assessora de Políticas LGBT da Prefeitura, Filipe Brunelli, para expor problemáticas e avanços em termos de políticas públicas e visibilidade LGBT na cidade. A última participante foi Edineusa Santos, do coletivo Amigos da Praça, que falou sobre o trabalho do grupo, voltado para a valorização da praça como espaço público, utilizado para festas, festivais de música, folclore e outras atividades “para crianças de 2 a 80 anos”. Quem participou dos debates saiu satisfeito, como a empresária Silvana Marta de Almeida, que observou: “Vi pessoas apaixonadas, profissionais maravilhosos com ideias que são viáveis, fáceis de incorporar no nosso dia a dia. Dentro do clima desses três dias, vi que há possibilidades variadas para podermos exercer a cidadania de uma forma diferente, para sermos pessoas melhores”.




Publicado em: 04/08/2017 19:22:46