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Agravamento de problemas sociais na região central preocupa

Vendedores ambulantes, pessoas em situação de rua e ‘moradores’ de praças são tema de requerimentos do vereador José Carlos Porsani


Três requerimentos de autoria do vereador José Carlos Porsani (PSDB) foram protocolados na Câmara Municipal na semana passada. Eles têm em comum a preocupação de moradores e comerciantes da região central da cidade com o agravamento da situação social que têm observado recentemente. “É perceptível o aumento de andarilhos e ambulantes em praças e semáforos da cidade. Precisamos saber que providências estão sendo tomadas para que essas pessoas possam voltar a viver com dignidade”, aponta o parlamentar.

O Requerimento nº 152/2020 aborda especificamente a questão dos ambulantes. “Vemos um grande número deles nos semáforos do Centro e nos bairros da cidade vendendo, em sua maioria, doces e panos de prato. Muitas vezes, eles colocam doces nas mãos das crianças, mesmo contra a vontade dos pais, que acabam adquirindo esses produtos sem saber se são de origem lícita ou ilícita, ou qual é o seu estado”, diz Porsani.

Nesse sentido, o parlamentar envia as seguintes perguntas à Prefeitura: o que está sendo feito para diminuir ou eliminar a quantidade de vendedores nos semáforos da cidade; o que está sendo feito para reencaminhá-los para a cidadania; se o Centro Pop está fazendo o seu acompanhamento; como estão sendo realizadas tais ações; se a Casa Transitória está acolhendo essas pessoas; se a Guarda Municipal ou a Divisão de Posturas faz algum tipo de abordagem a esses vendedores; se a Secretaria de Assistência Social faz algum tipo de trabalho com eles; e, por fim, se o Conselho Tutelar tem feito abordagem e acompanhamento dos menores que fazem essas vendas.

Outra questão refere-se às pessoas em situação de rua. “Os locais de maior concentração de andarilhos são a região central e as praças das igrejas de Santa Cruz, São Geraldo, Carmo, São José e Matriz, além da praça Pedro de Toledo e da Independência”, pontua Porsani. “Esses andarilhos abordam principalmente crianças, adolescentes e idosos, que são mais vulneráveis. Existem locais de atendimento para essas pessoas: o Centro Pop e a Casa Transitória, por isso estou questionando se as duas instituições estão fazendo seu acolhimento, que ações estão sendo realizadas e que providências estão sendo tomadas para reduzir ou eliminar o problema.” Trata-se do Requerimento nº 151/2020.

 

Praça do Carmo

A situação da praça da igreja Nossa Senhora do Carmo é um tema recorrente nos questionamentos enviados pela Câmara à Prefeitura. O próprio Porsani já havia encaminhado o Requerimento nº 1.030/2018, em julho daquele ano, questionando o Executivo sobre providências do ponto de vista da segurança e da assistência social. As questões voltaram a ser encaminhadas, desta vez por meio do Requerimento nº 150/2020.

O parlamentar envia ao gabinete do prefeito, às secretarias municipais de Assistência e Desenvolvimento Social, de Obras e Serviços, e de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública, ao Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) e ao Batalhão da Polícia Militar do Interior as seguintes perguntas: que medidas estão sendo tomadas para que a população possa novamente voltar a frequentar a referida praça com tranquilidade, sem ser abordada pelos moradores em situação de rua, pedintes e usuários de drogas; o que a Polícia Militar e a Guarda Municipal podem fazer para resolver o problema da segurança; que medidas a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social vem tomando em relação às pessoas que vivem na praça; e o que o Daae e a Secretaria de Obras e Serviços estão fazendo em relação à utilização de um ponto de água da praça pelos moradores em situação de rua.

“A Praça do Carmo encontra-se em total abandono, servindo de abrigo para pedintes, vândalos e usuários de drogas, que estão causando transtornos aos moradores e comerciantes próximos, pois eles fazem algazarras, tomam banho, urinam e fazem suas necessidades fisiológicas ao redor da igreja, o que provoca um odor muito forte, e também comercializam entorpecentes no local. A população que frequenta a igreja também está sendo alvo dessas pessoas. A situação está bastante preocupante também em relação à segurança”, descreve Porsani.

A Prefeitura tem o prazo inicial de 15 dias para responder aos questionamentos, com possibilidade de prorrogações, totalizando 55 dias.


Publicado em: 04 de fevereiro de 2020

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Categoria: Câmara

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