O presidente da Câmara Municipal Elias Chediek (PMDB) foi conferir o relatório da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB Araraquara em evento realizado na Prefeitura na tarde de sexta-feira (9).

Segundo a coordenadora do Centro de Referência Afro “Mestre Jorge” Alessandra de Cássia Laurindo, “essa atividade é simbólica para enaltecer as políticas públicas do município nesses últimos anos já que, com a Comissão, as pessoas voltaram a participar do Movimento Negro da cidade. Quero agradecer a oportunidade de ter desenvolvido esse trabalho nesses oito anos. Foi um marco para a cidade”.

Representando o presidente da Subseção da OAB de Araraquara João Milani Veiga, o vice-presidente Tiago Romano elogiou o trabalho desenvolvido. “Vamos prorrogar esse trabalho. Em nome da OAB, quero agradecer tudo o que foi desenvolvido”, afirmou.

“Quero agradecer o reconhecimento desse trabalho árduo, a atuação da Alessandra e o presidente Elias Chediek, que esteve sempre participando desses momentos. Essa Comissão não se limitou a apenas um olhar. O Movimento Negro se dá muito em relação à política, à democracia, mas temos que seguir avançando. Essa política não termina, ela fica, é constitucional a política de igualdade racial. Temos que olhar o passado para melhorar o futuro. O Brasil viveu mais tempo com a escravidão do que sem. Fico muito orgulhoso por fazer parte deste momento”, disse o presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB Araraquara Darci Honório.

O prefeito Marcelo Barbieri agradeceu a atuação de todos e de Chediek. “Ele teve grandeza durante esses dois anos de presidência da Câmara e ajudou nesse projeto desde o começo. Foi muito boa essa iniciativa da OAB em Araraquara. Resgatar o que foi a escravidão é mexer numa ferida. Nesse sentido, criar cotas é reconhecer que há uma fragilidade. Enquanto a igualdade não ocorre, é necessário reparar o passado para melhorar o futuro. Queremos parabenizar a Alessandra e toda equipe por esse relatório do trabalho que foi desenvolvido. Eles foram fundamentais nesse processo”, destacou.

“Parabenizo o prefeito pelas políticas públicas para os afrodescendentes. É triste ter que brigar para ser valorizado como ser humano. A Câmara sempre procurou colaborar e temos que agradecer a todos que ajudaram. Independentemente de qualquer coisa, continuamos na luta”, pontuou o presidente do Legislativo.

A OAB Araraquara publicará um livro com o relatório da Comissão da Verdade da Escravidão Negra.

Participaram também da reunião o vereador Aluisio Braz, o Boi (PMDB), o vereador eleito Gerson da Farmácia (PMDB), o secretário municipal de Administração e de Negócios Jurídicos, Delorges Mano, o secretário municipal de Direitos Humanos e da Participação Popular, Fernando César Câmara, o Galo, a presidente do Conselho Municipal de Combate à Discriminação e ao Racismo de Araraquara (Comcedir), Nayara Costa, a psicopedagoga e membro da Comissão da Verdade da Escravidão Negra e do Comcedir, Maria Fernanda Luiz, o presidente da Associação para Preservação, Resistência e Resgate da Cultura Negra (Aprecaba), Daniel Amadeu Martins Filho, o Costa, a presidente da Comissão de Cultura e Eventos da OAB, Sara Correa Fattori, e o presidente da Associação Cultural Afrodescendente dos Amigos de Araraquara e Região (Acaaar), Reinaldo Bento, o Maisena.

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