Com o objetivo de promover o intercâmbio entre surdos e ouvintes que formam a comunidade surda da macrorregião de Araraquara, o porta-voz da Fundação Idioma Surdo, Théo Bratfisch, usou a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Araraquara. A Fundação tem como proposta disseminar o conceito da cultura surda através de estudos da língua oficial brasileira, a Língua Portuguesa e da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Estima-se que a comunidade surda da região de Araraquara seja de 30 mil pessoas, incluindo e familiares, cuidador parental. A Fundação busca um investimento social privado, ou seja, o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais. “As pessoas surdas não são mudas, raramente um surdo é mudo, não falam, porque não aprenderam a falar. Nem todos fazem leitura labial. Para que o surdo aprenda isso ele passa por um processo conhecido por ‘oralização’, o que antes somente era permitido as famílias ricas.”
Théo falou, ainda, da surdez nas crianças e de doenças que deixam como sequela a surdez, além das possibilidades de arrecadação de dinheiro. “Precisamos realizar convênios com as áreas do conhecimento, programas de intercâmbios nas esferas municipal, estadual e nacional.” Apesar do foco na comunicação, a proposta visa que a pessoa possa se desenvolver globalmente com a premissa explorar a leitura, a escrita e a gramática.
Publicado em: 23/06/2016 19:11:17