Fórum discute ações para erradicar trabalho infantil em Araraquara

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Com o tema “Não ao Trabalho Infantil na Cadeia Produtiva”, a secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, em parceria com a secretaria da Saúde e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), realizaram, na sexta-feira (10), o Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente, no Cefor, em Araraquara. O objetivo do encontro foi debater políticas públicas no sentido de erradicar o trabalho infantil em atividades que envolvem a produção e comercialização de produtos, estimulando a denúncia para casos de exploração de menores e contou com a presença de profissionais e representantes do Poder Público municipal.

Durante o evento, a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Cecília Sambano Vieira, apresentou números do trabalho infantil nos últimos dois anos e ressaltou a importância da ação permanente no combate à prática. “Araraquara hoje está em uma situação privilegiada, pois andamos pelas ruas e não nos deparamos com isso. Porém, sabemos das ações veladas, que não chegam até os órgãos de proteção e da Prefeitura. Somente em 2016 já são 38 casos, sendo a maioria com envolvimento no tráfico de drogas”, afirma.

Para a coordenadora do Cerest, Matilde Damiani, o evento é uma espécie de marco para a reflexão sobre a temática e celebra o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, lembrado em 12 de junho. “O grande desafio que está colocado para todos é erradicar o trabalho infantil em Araraquara. O dia 12 é um destes momentos de reflexão, para que possamos crescer e evoluir, aproveitando os trabalhos”.

Já o coordenador das Vigilâncias em Saúde, Feiz Mattar, que representou o secretário da Saúde, disse que é preciso levar a serio a discussão em torno da temática, pois há dúvidas na sociedade sobre os males que o trabalho infantil causa no desenvolvimento de uma criança. “A questão é polêmica. Às vezes existem pessoas que defendem isso e não conseguem enxergar o prejuízo que isso gera na formação da criança. Lugar de criança é na escola. Temos que trabalhar, brigar, propor ações para que elas sejam bem orientadas, para render bons frutos para a cidade no futuro”, defende.

Representando o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri, a secretária de Direitos Humanos e Participação Popular, Alessandra de Cássia Laurindo, defendeu o diálogo e ações permanentes para combater a exploração do trabalho infantil. “Infelizmente naturalizamos situações, como crianças trabalhando no caixa de uma empresa familiar. Também naturalizamos situações de trabalho doméstico e isso precisa ser mudado”, defende a secretária.




Publicado em: 10/06/2016 17:09:15