Em reunião com vereadores, diretores da Iesa esclarecem sobre reestruturação da empresa

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Em reunião realizada na terça-feira (4), no gabinete da Presidência da Câmara, diretores da Iesa, acompanhados do advogado Fernando Passos, esclareceram aos vereadores sobre o plano de recuperação e reestruturação da empresa.  Participaram do encontro, o diretor comercial da empresa, Ricardo Woitowicz, e o gerente jurídico, Paulo Roberto Francisco Franco, o presidente da Câmara Elias Chediek (PMDB), a vice-presidente Edna Martins (PSDB) e os vereadores Édio Lopes (PT), Donizete Simioni (PT), João Farias (PRB), Jair Martineli (PMDB), Farmacêutico Jéferson Yashuda (PSDB), Dr. Lapena (PSDB), Juliana Damus (PP), Adilson Vital (PV), Gérson da Farmácia (PMDB), Rodrigo Buchechinha (SDD), William Affonso (PDT) e Tenente Santana (PSDB).

Os representantes da empresa explicaram que as 250 demissões anunciadas nessa segunda-feira fazem parte do processo de reestruturação da empresa, cujos ajustes foram assumidos em assembleia que aprovou a recuperação judicial da Iesa, além de adequação da estrutura da empresa ao mercado diante da crise que atravessa o país, que provocou diminuição na carteira de encomendas da indústria. Somadas às 80 demissões do ano passado com as 250 desta semana, a Iesa dispensou um total de 330 funcionários.

O gerente jurídico da empresa informou que parte dos trabalhadores dispensados esta semana já estava em casa havia meses recebendo o salário. Passos informou que as demissões anunciadas esta semana estão sendo negociadas desde o ano passado com o sindicato, e o acordo tem o aval do Ministério Público do Trabalho (MPT), com benefícios acima do que estabelece a legislação trabalhista, com três salários a mais, manutenção do plano de saúde e parcelamento das rescisões. “Demitir sempre é uma medida difícil, mas são ajustes necessários. Foi a melhor alternativa para salvar e manter os 1.100 empregos e viabilizar a recuperação  judicial da empresa, que determina que o pagamento dos direitos trabalhistas tem que ser cumprido”, disse o advogado. Woitowicz disse que o setor de infraestrutura vive um momento de crise. “No mundo inteiro, é um setor que tem períodos de altas e baixas. O cenário econômico teve uma deterioração abrupta e não houve outro caminho a não ser a recuperação judicial. Construímos um grande ativo que são as parcerias feitas pela Iesa, as quais permitiram suportar a homologação do plano de recuperação judicial, que trouxe um novo alento à empresa. Agora estamos na fase de adequação ao mercado e é vital pagar todos os compromissos assumidos no plano de recuperação judicial”, afirmou o diretor comercial da Iesa. Com a recuperação judicial, o BNDES passou a ter 35% de participação na governança corporativa da empresa. Outra medida definida pelo plano de recuperação foi a venda dos ativos da Inepar na parte comercial que tinha com a Andritz Hidro, cujo valor integral de cerca de R$ 110 milhões serão destinados aos cofres públicos para pagamento de dívidas tributárias. Neste caso, a Inepar mantém a fabricação de equipamentos para a Andritz Hidro. Também está definida a venda da Iesa Óleo & Gás S/A, com sede no Rio de Janeiro. Após os esclarecimentos, os representantes da Iesa responderam a questionamentos dos parlamentares. Woitowicz estima em cerca de dois anos o tempo necessário para a readequação da empresa e também do mercado de infraestrutura. Ao final, em nome dos vereadores, o presidente Chediek agradeceu os esclarecimentos e lembrou que a Câmara esteve presente em reunião realizada São Paulo, apoiando a demandas da empresa junto ao BNDES e destacou a importância da manutenção dos 1.100 empregos em Araraquara. “A Iesa é uma empresa estratégica para o país”, disse Chediek.




Publicado em: 05/08/2015 19:23:55