Com quase 80 casos de dengue confirmados somente na região formada pelo Jardim Ieda, Imperial e adjacências, o arrastão organizado pelos funcionários do posto de saúde com auxílio do Centralizado e da própria Vigilância encontrou muito lixo, inúmeros criadouros e larvas do mosquito Aedes Aegypti até dentro de sofá e máquina de lavar. Esse foi o cenário do arrastão realizado neste sábado com apoio do vereador farmacêutico Jéferson Yashuda (PSDB). “O número de casos está aumentando a cada dia que passa e estamos vendo esse avanço dentro do posto”, conta a gestora de território da Saúde no Ieda, Roselaine Tavares. O perfil dos doentes também é bastante variado indo das crianças aos idosos, segundo a dentista Márcia Cristina Ferreira, que deixou de lado o jaleco branco e os instrumentos da odontologia para usar a roupa verde escura e bolsa na caça aos criadouros.

A vistoria nos Jardins Ieda, Imperial, Esplanada e Silvestre recolheu uma série de materiais inservíveis como pneus, latas e outros itens que acumulam água e oferecem condições ideais para a proliferação do mosquito. “Uma dona da casa nos chamou para retirar um sofá e ela nem sabia, mas ao lado dele no quintal tinham muitas larvas em latas e potes”, conta Yashuda, lembrando que o arrastão só foi possível devido aos apoio do secretário de Governo, Aluísio Braz, o Boi, e o secretário da Administração, Delorges Mano. Foram várias casas revistadas, entre elas a do aposentado Rubens José Ramos, que completou há algumas semanas 54 anos, mas recebeu um presente ingrato: a dengue. “Nunca tinha sentido uma dor tão forte no meu corpo. Fiquei três dias praticamente sem comer e dormir. A gente já tomava cuidado, mas agora a preocupação é maior”, frisa o aposentado que mora no Jardim Imperial há 12 anos e nunca tinha visto a dengue avançar tão rapidamente. E os números da doença só crescem na cidade. Araraquara já contabiliza 215 casos confirmados, além de outros quase 300 que aguardam o exame, de acordo com o gerente da Vigilância Ambiental em Saúde, Luis Eduardo Ursonlino Tagliatozzo. Na força-tarefa deste sábado, paralelamente ao arrastão, outras duas equipes fizeram os serviços de bloqueio e nebulização no Jardim Del Rey e Parque das Laranjeiras onde no começo do mês foram retirados cerca de 5 toneladas de materiais inservíveis.

 

Atendimento

Devido ao número alto de casos suspeitos, nesta semana ficou definido que os atendimentos médicos, além da coleta de material para exame e hidratação serão concentrados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Xavier e nas unidades básicas de saúde diminuindo a demanda na UPA Central. Atualmente, sete de cada dez pessoas procuram a unidade com o quadro clínico parecido com as vítimas do Aedes.

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