Foi realizada na segunda-feira (10), a premiação do concurso de redação “Aracoara e os povos indígenas: a história de Araraquara não começa com Pedro José Neto”, uma parceria entre a Fundação Araporã e a Escola do Legislativo. A cerimônia aconteceu no Plenário da Câmara Municipal.

Foram premiados os três primeiros colocados das seguintes categorias: 6º ano do Ensino Fundamental, 1º ano do Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos). A premiação foi entregue pelos membros da mesa que foi presidida pelo Primeiro Secretário, William Affonso (PDT); Edna Martins (PV), presidenta da Escola do Legislativo; Arary Ferreira, Secretária Municipal da Educação que representou o Prefeito Municipal; Robson Rodrigues, presidente da Fundação Araporã; Luciano Ariabo Quezo, que representou o Grupo de Estudantes Indígenas (GEI) da Ufscar e Maria José Zaccaro, diretora regional de ensino. Ao explicar o projeto, a coordenadora e vice-presidente da Fundação Araporã, Grasiela Lima, destacou a importância da escola na conscientização da população. “É fundamental que a gente, através da escola, enquanto instituição de ensino, traga para os alunos essa consciência crítica e a consciência da necessidade de transformação de uma realidade que, ainda, hoje, é desigual e violenta contra aqueles considerados diferentes”, afirmou.

“Esse encontro feliz da Escola do Legislativo com a Fundação Araporã nos deu, não só essa memória oficial, mas também o quanto é importante nós problematizarmos a forma como a gente vem resgatando nossa história e a seriedade dos agentes que foram banidos dela”, afirmou Edna Martins. “Sabemos que indígenas, mulheres e negros foram excluídos dessa história, e o quanto esses conjuntos de pessoas contribuem na construção dela, nossas vidas, do que somos hoje”, concluiu. Para William Affonso todos devem ser respeitados, independentes de credo, raça ou religião. “Que todos nós estudemos bastante e tenhamos respeito com os indígenas, os negros, os animais. Todos nós temos que demonstrar esse respeito com atitudes”, afirmou. “Com o trabalho de nossos educandos e educadores percebemos que a história indígena está próxima de nós. Queremos que Araraquara entenda sua história pelos grupos étnicos que viveram e vivem com nós”, afirmou Rodrigues. O representante de estudantes indígenas, Luciano Quezo, pediu mais respeito às diferenças. “Estamos lutando por um país que respeita seus povos, suas culturas, por um país mais justo.”

Arary Ferreira, secretária de educação, que representou o prefeito Marcelo Barbieri no evento, disse estar feliz com o resultado da parceria. “Fico honrada de saber que a educação é a origem do avanço para acabar com a desigualdade”. Já a diretora regional de ensino de Araraquara, Maria José Zaccaro, afirmou ser importante o trabalho de continuidade sobre o tema. “Meus sinceros votos para que vocês não fiquem somente nessa redação. Aprofundem os estudos a respeito dos povos pioneiros da nossa terra, com certeza irão gostar muito”. O concurso foi organizado pela Fundação Araporã/GEERERI” (Grupos de Estudos “Educação e Relações Étnico-Raciais nas Temáticas Indígenas) em parceria com a Câmara Municipal de Araraquara/Escola do Legislativo e com o apoio da Diretoria Regional de Ensino de Araraquara, Secretaria Municipal de Educação, Centro de Conservação e Recuperação de Acervos Digitais (Cecrad), Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (Mapa) e Museu Histórico e Pedagógico “Voluntários da Pátria”.

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