Criando oportunidades por meio da educação e da cultura

Mesa Redonda realizada por frente parlamentar debateu importância desses dois instrumentos na formação da sociedade
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Educação e cultura como instrumentos de transformação social foi o tema da Mesa Redonda organizada pela Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e Educação, juntamente com a Escola do Legislativo (EL) da Câmara Municipal de Araraquara, na noite de segunda-feira (3).

A presidente da Frente, vereadora Fabi Virgílio (PT), abriu a conversa com um poema de Paulo Freire. “É preciso ter esperança. Mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir, esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo.”

Integrante da Frente, a vereadora Filipa Brunelli (PT) analisa que “quando temos uma elitização e uma seletividade do que é cultura, do que não é cultura, o que é nobre, o que não é nobre, o que pode ou não pode, isso vai contra a democracia, inclusive do povo brasileiro que é múltiplo e diverso”.

“Educação e cultura é tudo na transformação social. A história da humanidade mostra isso. Nas guerras de expansão colonial na África, sempre o colonizador estava preocupado em ‘ganhar os corações e mentes’, que é se aproximar desse universo cultural do colonizado, adentrar e, muitas vezes, capturar alguns elementos, no sentido de tirar a potência disso. A história é repleta de exemplos de como a educação e a cultura, o conhecimento, proporcionam a libertação”, entende o presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo (Sated), Dorberto Carvalho, que fez diversas reflexões sobre o atual momento da educação e da cultura no Brasil.

Para o diretor da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCLAr), Jean Cristtus Portela, a universidade é uma peça-chave da transformação social. “A universidade não pode se levar a sério na sua missão única e exclusiva de produzir inovação, transferência de conhecimento e, portanto, formação técnica. A universidade deve ser o lugar da vida, da troca, da experiência. Sem uma política afirmativa de permanência estudantil e de dignidade para comer, circular e morar, nada conseguimos.”

A discussão aconteceu de forma virtual e a população pôde participar enviando perguntas por meio das redes sociais da Casa de Leis que fizeram a transmissão.

Participaram do encontro Bruna Brasil, representando a EL, a coordenadora de Cultura, Rafaella Pucca, Reinaldo Oliveira, representando a Secretaria de Educação, e a deputada estadual Márcia Lia (PT).

A Comissão Especial de Estudos denominada “Frente Parlamentar de Cultura e Educação” é composta pelos vereadores Fabi Virgílio (PT) – presidente, Filipa Brunelli (PT) e Guilherme Bianco (PCdoB).

O próximo encontro está previsto para o dia 13 de maio e terá a participação das secretárias municipais de Educação e de Cultura, com o objetivo de entender como essas pastas se conversam no município.

A íntegra da Mesa Redonda pode ser conferida aqui.




Publicado em: 04/05/2021 17:07:44