Pobreza menstrual compromete desempenho escolar e liberdade de ir e vir

Tema foi elucidado em indicação de autoria do vereador João Clemente (PSDB)
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O vereador João Clemente (PSDB) protocolou a Indicação nº 4.087/2021, que sugere ao Executivo a realização de estudos e análises acerca da criação, implementação e sistematização da Política de Enfrentamento e Erradicação da Pobreza Menstrual. O objetivo é criar condições para a disponibilização de absorventes higiênicos e demais itens básicos de higiene para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade, garantindo a infraestrutura pública sanitária e a efetivação do direito universal ao acesso à educação menstrual.

No documento, o parlamentar explica que a própria liberdade de ir e vir pode estar comprometida se a dignidade menstrual, as condições materiais e psíquicas não estiverem ao alcance de todas as mulheres. “Podemos constatar, por meio de pesquisas e relatos, que muitas meninas têm o rendimento escolar comprometido, pois faltam às aulas nos dias em que menstruam. Nesse sentido, propusemos a indicação ao Executivo na tentativa de transformar essa triste realidade”, argumentou Clemente.

 

Realidade brasileira

De acordo com informações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 60% das adolescentes e jovens brasileiras já deixaram de ir à escola ou a outro local devido à menstruação. A dificuldade para a compra de absorventes higiênicos e demais itens de cuidado feminino foi relatada por 35% das entrevistadas e, ainda, metade das meninas brasileiras denotam viver em lares com certo grau de insegurança alimentar, o que também compromete a aquisição de produtos menstruais e higiênicos.




Publicado em: 24/09/2021 14:20:44