Projeto busca fomentar leitura e produção literária no município

Vereadora Fabi Virgílio (PT) é autora da proposta
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Baseando-se em um projeto similar ao implantado no município de São Paulo (SP), chamado “Minha Biblioteca”, a vereadora Fabi Virgílio (PT) enviou a Indicação nº 1.259/2022 à Prefeitura, sugerindo a implementação da iniciativa na cidade, a qual consiste na aquisição de obras literárias de autores locais e regionais para que componham as bibliotecas das unidades escolares do município e, se possível, até a distribuição gratuita para os estudantes da rede pública municipal.

De acordo com a parlamentar, o projeto “Minha Biblioteca”, que inspirou a indicação, tem por objetivo a convocação de detentores de direitos autorais para inscreverem, em edital de chamamento, obras literárias em língua portuguesa, com vistas à análise da Secretaria Municipal de Educação, visando à aquisição das obras selecionadas para, ao final, passarem a compor os acervos das Unidades Educacionais.

“A ideia é possibilitar o fomento e maior acesso aos livros por meio tanto do aumento do acervo quanto até da distribuição direta dos livros aos estudantes da rede municipal de ensino. Além disso, objetiva, em igual importância, incentivar e promover a produção dos escritores e autores locais e regionais”, explicou Fabi.

A vereadora trouxe dados coletados pela Agência Brasil, em matéria publicada em 2020, os quais demonstram que o país perdeu, nos últimos quatro anos, mais de 4,6 milhões de leitores; sendo que, de 2015 para 2019, a porcentagem de leitores no Brasil caiu de 56% para 52% da população. Já os não leitores, ou seja, brasileiros com mais de 5 anos que não leram nenhum livro, nem mesmo em parte, nos últimos três meses, representam 48% da população, o equivalente a cerca de 93 milhões de um total de 193 milhões de brasileiros.

“Nesse cenário, podemos identificar a necessidade de fomentar tanto os escritores, como as editoras locais, e ainda cientes do grande potencial existente em Araraquara e no interior paulista, o projeto irá estimular à leitura e acesso aos livros, tanto quanto criará oportunidade real para o mercado editorial local”, frisou a parlamentar. Fabi citou ainda uma frase dita por Júlio Ludemir, cocriador da Festa Literária das Periferias (FLUP): “Livro no Brasil é caro, elitista e excludente”. Segundo ela, a fala sintetiza a nossa realidade, “mas não podemos nos conformar, nem naturalizar a situação”.

A vereadora também afirmou que propôs tal iniciativa a fim de criar meios para mudar esse cenário. “Portanto, desenvolver um projeto que incentive, democratize e possibilite a sobrevivência tanto aos escritores, quantos às editoras locais, assim como o acesso a livros educativos, o que permitirá à nossa cidade sair novamente à frente, invertendo a lógica que hoje impera no país e dando continuidade ao legado do município de valorização da vida, sobretudo decorrente da atuação da atual gestão municipal”, concluiu.




Publicado em: 24/02/2022 17:12:42