Após inúmeras denúncias em razão da precariedade do atendimento na Santa Casa de Araraquara, o Ministério Público Estadual orientou que a Prefeitura intervisse na administração do hospital. No dia 11 de junho, o prefeito Edinho Silva (PT) assinou um decreto municipal determinando a intervenção. A secretária da Saúde, Eliana Honain, foi nomeada interventora e assumiu a direção da unidade. Após 18 dias, a Santa Casa elegeu um novo Conselho da Administração.
Para debater sobre o andamento e novos rumos dos trabalhos da nova diretoria da Santa Casa de Araraquara, os vereadores Edson Hel (Cidadania) e Aluisio Boi (MDB), e a Comissão de Saúde convocaram audiência pública no Plenário da Câmara (Requerimento nº 709/2022). O encontro aconteceu na noite da quinta-feira (25).
A mesa das discussões foi presidida pelo vereador Edson Hel (Cidadania) e contou com a presença do provedor da Santa Casa de Araraquara, Jéferson Yashuda; do diretor executivo da Santa Casa de Araraquara, Delorges Mano; e do diretor de Relações Institucionais da Santa Casa de Araraquara, Fernando Passos. Também estiveram presentes outros membros do Conselho, a secretária da Saúde, Eliana Honain; o presidente da Câmara, Aluísio Boi (MDB); além da vereadora Fabi Virgílio (PT) e dos vereadores Gerson da Farmácia (MDB), Hugo Adorno (Republicanos), Lucas Grecco (PSL), Paulo Landim (PT) e Rafael de Angeli (PSDB).
De acordo com Mano, grande parte dos principais problemas de atendimento à população foram resolvidos. “Nós negociamos e cancelamos contratos contínuos. Hoje, a Santa Casa voltou a ter credibilidade junto com os fornecedores. Não faltam medicamentos e insumos, problema que enfrentamos logo de início para que fosse possível voltar a assistência de forma digna aos pacientes SUS. Foram realizadas todas as cirurgias represadas”, explicou.
Houve também o aumento da disponibilidade de leitos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós temos 142 leitos ativos de enfermaria. Desses, 132 são SUS. 93% dos leitos são voltados para o Sistema Único de Saúde, para a atender nossa população. Antes da intervenção, eram 8 leitos de UTI SUS, a previsão é que até setembro 24 leitos estejam habilitados para a saúde pública”, detalhou Yashuda.
Ainda que o atendimento tenha sido normalizado, ainda existem muitos desafios. “Nós entramos na Santa Casa com o objetivo único para garantir que a população tivesse acesso ao serviço, para que as cirurgias eletivas pudessem ser conduzidas. E hoje a gente retoma isso. Temos muitos desafios pela frente. O principal gargalo é equilibrar arrecadação com custeio”, frisou Eliana.
Para o presidente da Câmara é preciso unir forças para solucionar a questão. “Agora a responsabilidade é de todos, da população, dos empresários. E principalmente desta Casa, buscando emendas e recursos”, finalizou Boi.
Publicado em: 26/08/2022 16:26:31