No final de outubro, a vereadora Fabi Virgílio (PT) apresentou um requerimento à Prefeitura, com vários questionamentos, pedindo informações sobre quais as soluções que o Executivo está tomando para resolver o problema de carreamento de sedimentos para a Floresta Paludosa na região do Jardim Ibirás.

Como explica a parlamentar, que esteve no local conferindo a situação, a principal causa do assoreamento de rios é a intensificação do processo de sedimentação do solo, ou seja, a remoção dos sedimentos na camada superficial com o seu posterior destino aos cursos d'água, graças ao transporte realizado pelo escoamento da água das chuvas.

“Essa situação é originada ou agravada pelas práticas humanas, principalmente pela remoção da vegetação, que teria como função conter a produção de sedimentos por meio da proteção do solo e também dificultar a locomoção desses em direção aos rios”, pontua Fabi.

A vereadora aponta que “os sedimentos estão sendo carreados pelas chuvas de maneira não razoável, nos apontando um problema real existente no sistema de drenagem na região dos Ibirás, que está sendo incapaz de garantir a proteção da Floresta Paludosa e, consequentemente, do Ribeirão das Cruzes. A drenagem urbana é um segmento essencial para o planejamento eficiente frente ao crescimento exponencial das cidades e para o manejo dos problemas ambientais causados pela ocupação dos espaços urbanos”.

No documento, a parlamentar reforçou que “um sistema de drenagem urbana eficiente deve ser capaz de recolher as águas superficiais de uma região e guiar a um destino final, diminuindo problemas de alagamentos, inundações, erosão e sedimentação, melhorando a qualidade de vida da população e assegurando o bem-estar social”. “Todos sabemos que o carreamento é responsável pelo assoreamento dos rios e por processos que levam ao fim das nossas áreas de preservação”, colocou.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, através da Coordenadoria Executiva de Gestão Ambiental, Unidade de Planejamento Ambiental, informou que procedeu, em 31 de outubro, vistoria para avaliar a situação de vegetação e conservação do solo no Residencial Ipanema, empreendimento vizinho à área de vegetação paludosa. “Pudemos observar que, se não forem tomadas as providências para revegetação das áreas verdes e da APP [Área de Preservação Permanente], bem como medidas para controle de erosão nas áreas dos lotes do empreendimento, poderá haver no futuro problemas com carreamento de material sólido para o corpo hídrico (Ribeirão das Cruzes), comprometendo a vegetação nativa ali presente. A Secretaria está estudando medidas e analisando as ações mais apropriadas a serem adotadas, a fim de mitigar os problemas”, lê-se no documento.

“Tomara que após a provocação de nosso mandato o estudo para a mitigação dos danos seja rápido e as ações se iniciem logo para cessar o problema apontado”, conclui a vereadora.

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