Biografia do 3º prefeito eleito pelo povo, o industrial Rômulo Lupo

 

Biografia

Rômulo Lupo nasceu em 1º de fevereiro de 1902, em Araraquara/SP. Filho do relojoeiro Henrique Lupo e de Judith Bonini Lupo.
De família numerosa, o primogênito Rômulo teve os seguintes irmãos: Rolando, Maria Renata, Edda, Henriqueta, Aldo, Ione, Elvio, Wilton e a caçula Nereide.
Cursou o primário aqui na cidade e o secundário no Liceu Coração de Jesus, na cidade de São Paulo.
Desde cedo, Rômulo mergulhou no aprendizado prático dos negócios da relojoaria e do comércio dos produtos dentários, ao lado do pai.
Com o início do funcionamento da Fábrica de Meias Lupo, o jovem Rômulo passou a percorrer a freguesia com seu carro. Meticuloso, sempre conferia o arsenal típico de caixeiro-viajante que levava em suas viagens.
Na década de 1920, à medida que a fábrica crescia e ganhava prestígio, Rômulo atravessava o Brasil inteiro em busca de novos clientes, pois o mercado local estava conquistado. Aos poucos, as meias da Fábrica Lupo avançaram pela região e por todo o país, e Rômulo então passou a fazer parte da direção da fábrica.
Foi voluntário na Revolução de 1932.
Em 10 de julho de 1939, casou-se com Luiza Adélia Eberle Lupo e desse matrimônio nasceu a filha Judith.
Viúvo, em 27 de novembro de 1962, Rômulo casou-se em segundas núpcias com a professora Clarice Venusso e desse matrimônio nasceu a filha Cristiana.
Ilustre homem público, exemplar pai de família e grande empresário.

 

Vida política

Iniciou sua vida política passando pela Câmara Municipal em 1936, durante uma breve reabertura da Casa de Leis que, contudo, durou pouco tempo.
Empresário atuante e dinâmico, foi convidado a ser candidato a deputado estadual, entre outros convites. Porém, recusou-se para ficar apenas na política local.
Em 3 de outubro de 1955, com 6.947 votos, sagrou-se vitorioso nas eleições e foi eleito ao cargo de chefe do Executivo para o mandato de 1956 a 1959.
Foi reeleito como prefeito municipal de Araraquara em 6 de outubro de 1963 para o mandato de 1 de janeiro de 1964 a 31 de janeiro de 1969.
Rômulo Lupo administrou a cidade usando os mesmos princípios éticos utilizados na sua empresa, conduzindo importantes transformações na cidade.

 

Em pé à esquerda: Prefeito Rômulo Lupo, deputado estadual Scalamandré Sobrinho, Alberto Góes, José Barbanti Neto, João Peroni, Ivo Giraldi e presidente do Legislativo, Mário Ananias

 

Reunião de diretores do Banco Comercial, com a presença do prefeito Rômulo Lupo

 

Dedicou-se intensamente ao cargo, uma vez que a fábrica de meias, com 35 anos de fundação, estava com a estrutura montada e bem conduzida por seus familiares.

Dotou a cidade de telefone automático e ônibus elétricos, criando a Tróleibus/CTA.
Concluiu a obra e inaugurou o Mercado Municipal; reformulou o matadouro; tapou o “buracão do São Geraldo” (grande área de erosão próximo à Igreja) e também construiu a rodoviária (atual Terminal Central de Integração).
Participava do programa da Rádio Cultura chamado “Você pergunta e o prefeito responde”.
Desapropriou imóveis para construir a atual Biblioteca Pública Municipal e o Cemitério das Cruzes (Cemitério dos Brito).
Planejou obras construídas mais tarde, como o Gigantão e o Hotel Eldorado.
Trouxe a imagem da televisão à cidade, em 1963, instalando as primeiras antenas repetidoras na torre do relógio da Fábrica de Meias Lupo.

 

Outras atividades

Foi presidente da CTA de 1959 a 1964.
Ajudou várias organizações beneficentes do município, como o Asilo de Mendicidade, o Orfanato Nossa Senhora das Mercês, a Liga de Assistência Cristo Rei, e outras.

 

Falecimento

Foi com profundo pesar que a cidade de Araraquara recebeu a notícia do falecimento do ex-prefeito Rômulo Lupo, ocorrida no dia 24 de abril de 1976, aos 74 anos de idade, na Santa Casa de Misericórdia. Foi velado e está sepultado no jazigo da família Lupo, no Cemitério São Bento.

 

Homenagens póstumas

Seu nome está na rua através do Decreto nº 3.825, de 18 de junho de 1976, editado pelo prefeito Clodoaldo Medina.

 

Via pública que tem seu início no córrego das Cruzes, em continuação da Avenida Bandeirantes, termina na Avenida Manoel Rodrigues, está margeando a Rodovia Washington Luiz, no Jardim Universal

 

No então governo do prefeito Waldemar de Santi, foi esculpida uma estátua em sua homenagem, que atualmente está em frente ao prédio da CTA

 

Texto/matéria: Silvia Gustavo/Memorial

Fontes:

  • Cadastro de vereador Siscam
  • fotos 1 e 4 – http://www.cta60anos.com.br/
  • fotos 2 e 6 – arquivo próprio
  • foto 3 – Jornal “O Imparcial”
  • foto 5 – GoogleMaps
  • Livro: “Araraquara 170 anos de política”, José Maria Viana de Souza
  • Seu nome está na rua: Samuel Brasil Bueno

 


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