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Assessor nacional da Comissão da Verdade da Escravidão Negra, o professor doutor Dagoberto José Fonseca ocupou credenciado pela Coordenadoria Executiva de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Tribuna Popular na 127ª sessão legislativa da Câmara Municipal de Araraquara.
Dagoberto abordou o tema “Comissão da Verdade da Escravidão Negra”, relatando o trabalho que vem sendo realizado em Araraquara, destacando a parceria com a Câmara Municipal que também formou idêntica Comissão composta pelos vereadores Jair Martinelli (PMDB), Willian Afonso (PDT) e Edio Lopes (PT). “A cidade teve capacidade e ousadia de enfrentar a chaga que ainda existe na sociedade”, afirmou. Dagoberto disse que o racismo esta em toda parte, e deve se pensar qual Brasil queremos, qual Araraquara queremos sabendo dos casos (de racismo) registrados. “Não é para um olhar atônito, mas verificar o crime cometido contra uma raça, apurar como uma sociedade discrimina parcela desta mesma sociedade”. Lembrou o professor se há crime, é porque há criminoso, e deve ser apurado, e que o Brasil é signatário da Resolução tomada na Conferência de Durban, em 2001, em que o Governo de Fernando Henrique Cardozo acatou serem estes crimes imprescritíveis e que seriam apurados. Considerou Dagoberto ser importante que se possa enfrentar o problema do passado, saber quais instituições patrocinaram, quem lucrou com a escravidão, sabendo que estes crimes não serão objeto de punição ou sanção, mas sim pagos com políticas públicas eficientes que ajudem os mais atingidos frutos do processo de escravidão, filhos de um País que não os assistiu com dignidade. O professor doutor Dagoberto José Fonseca foi contemplado com o relatório da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra instituída pela Câmara Municipal afirmando ser este um trabalho de suma importância, “é parceria e juntos podemos escrever a verdadeira história para as gerações futuras, é educar o presente em direção ao futuro”.
A lição do professor doutor Dagoberto
“Houve um crime, esse crime de escravidão é imprescritível, significa que qualquer negro possa reivindicar seu direito no momento atual em função do racismo, em função das injustiças, das desigualdades, das mazelas, ele pode reivindicar seus direitos. Questiona-se quantos negros moram na região central da cidade de Araraquara, quantos residem na periferia. Esse é um indicativo da existência que há racismo, desigualdade, injustiça. As pessoas não estão longe de um bem público, de uma unidade básica de saúde, de um bom hospital porque desejam, estão porque foram colocadas em função da desigualdade social, de uma estrutura racista, portanto criminosa."
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