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Blitz do cerol apreende 16 linhas cortantes e autua cinco pessoas em Araraquara



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Um amplo terreno conhecido como campão no Jardim Valle Verde, um dos conjuntos habitacionais entregues recentemente na região do Jardim Roberto Selmi Dei, estava cheio de garotada soltando pipa na tarde desta sexta-feira. Em segundos, todas vieram ao chão. E muitos desses meninos usavam carreteis com linhas com cerol ou a chilena considerada mais letal. Dezesseis latas e 18 pipas foram apreendidas. Cinco pessoas qualificadas para serem autuadas. Esse foi o balanço da primeira de uma série de operações continuadas que serão feitas na cidade em virtude da lei de autoria da vereadora Juliana Damus (PP).

“O resultado foi interessante. A maioria acabou jogando as latas no chão quando viram as viaturas”, conta o comandante da Guarda Civil Municipal, Marcos Roberto da Silva. Araraquara tem uma lei criada há 11 anos por Juliana Damus proibindo a comercialização e o uso com imposição pecuniária. As apreensões eram feitas, mas ficavam por nisso. “Agora a lei está sendo cumprida em sua plenitude, graças ao apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal, Secretaria de Segurança, Conselho Tutelar e setores de posturas do município”, diz Juliana.

Esses órgãos, inclusive, participaram da blitz no Valle Verde e Romilda Barbieri. Um menino de 11 anos foi detido com linha chilena. Outro de 17 anos estava com quatro pipas e parte delas com linhas cortantes. O mesmo aconteceu com um jovem de 18 anos flagrado com cerol. Esse, inclusive, é morador do Jardim Brasil e a polícia desconfia que estava no bairro trabalhando como olheiro para o tráfico de drogas. Ele já foi preso por esse tipo de crime. Latas com material cortante foram achadas na rua e até dentro de casas.

A operação com apoio direto da PM vistoriou duas lojas especializadas na venda de pipas. Em nenhuma delas nada foi encontrado. O setor de Posturas deve agir porque existem irregularidades administrativas. No Jardim São Rafael mais duas apreensões de linhas chilenas, uma com um adolescente de 16 anos e outra com um rapaz de 24 anos.   Para o comandante da 3ª Companhia de Policiamento Militar, capitão Alan Fernandes Gouvêa, essa operação é primeira de várias preparadas para os próximos dias. “Temos um cronograma todo montado que inclui ações até nos finais de semana.”

Quem mora no bairro comemora a ação, mas também teme retaliações. Uma dona de casa de 25 anos, que tem medo de ter o nome revelado, conta que os adolescentes chegam a pular o muro da sua casa para pegar pipa. “Outro dia quase que meu cachorro morde um deles.” Já outra vizinha de 42 anos lembra que negou a entrada de garotos em busca da pipa e teve a casa apedrejada. “Tomara que esse trabalho seja constante porque essa situação do cerol virou um caos aqui no bairro.”

De acordo com a lei, no primeiro flagrante a multa é de cinco Unidades Fiscais do Município (UFM), o equivalente a R$ 243,55. A cada reincidência o valor é dobrado. Se uma criança ou adolescente estiver com a linha a multa será creditada no CPF do pai ou responsável. Caso a autuação não seja paga o nome deste responsável será incluído na Dívida Ativa, cuja cobrança é judicial. E esse foi o procedimento adotado nesta sexta-feira.

Os três flagrados com a linha com vidro tiveram contra si um Boletim de Ocorrência administrativo confeccionado pelos agentes municipais. O documento, então, será encaminhado ao Setor de Posturas que efetuará a multa. O conselheiro tutelar, Moacyr Theodoro Ellero, da unidade 1, acompanhou a blitz. Eles devem chamar os pais para conversar e garantir que essa prática não seja cometida novamente. O lado preventivo também foi feito. Essa semana, uma palestra foi dada sobre o cerol em uma escola no Vale do Sol.


Publicado em: 01 de julho de 2016

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Categoria: Câmara

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