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A Escola do Legislativo (EL) de Araraquara realizou na manhã da segunda-feira (18), no Plenário da Câmara Municipal, o curso “Obstáculos à Democratização”, em parceria com a Escola Legislativa “Paulo Freire”, de Limeira. O curso foi ministrado por Fernando Campos, cientista social e coordenador da EL limeirense. Aproximadamente, 20 pessoas acompanharam o debate, entre eles os vereadores Jair Martineli (PMDB) e Edna Martins (PV).

Para Campos, que é Mestre em Ciências Sociais pela Unesp de Marília e professor universitário em faculdades de Limeira, “este é mais um instrumento de qualificação dos servidores, políticos do legislativo e população em geral”. Segundo a Diretora Acadêmica da EL araraquarense, Alessandra Nascimento, “o curso gratuito, aberto a participação de todos, é mais uma iniciativa da Escola do Legislativo de criar um momento reflexivo sobre o tema da participação política”. Para ela, “a relevância do curso consiste no fato de trazer para uma linguagem mais didática conceitos complexos como patrimonialismo, coronelismo e populismo”.

Campos afirmou que se pode fazer um contraste entre Democracia ‘ideal’ e a ‘real’, entre o que idealmente deveria ser a democracia e o que na prática é realizado. “Em uma democracia ‘ideal’, há o autogoverno, ou seja, o povo exerce o governo. Já na democracia ‘real’, o povo é chamado para participar do poder, mas o faz mediado por algumas instituições técnicas”, disse. “O funcionamento insatisfatório desses arranjos legais promove um grande afastamento das decisões dos anseios do povo”. O cientista social, concluiu dizendo que “o Brasil está longe de ser um modelo democrático’, por conta de diversos fatores, entre eles a fragilidade de vínculos entre os representantes e os representados”. Para comparação, vale destacar que nos Índice de Democracia, compilado em 2011 pela revista The Economist, e a Suécia ocupa o 4º lugar, a Noruega está em 1º, seguido por Islândia e Dinamarca. O Brasil ainda ocupa uma posição intermediária.

Índice de Democracia

O Índice de Democracia é um indicador compilado pela revista The Economist, para examinar o estado da democracia em 167 países, se concentra em cinco categorias gerais: o processo eleitoral e pluralismo, as liberdades civis, o funcionamento do governo, participação política e cultura política. Os países são classificados em "democracias plenas", "democracias imperfeitas", "regimes híbridos" (todos considerados democracias) e "regimes autoritários" (considerados ditatoriais). Nesse ranking o Brasil ocupa o 45º lugar, considerado como uma democracia imperfeita. Já os Estados Unidos encontram-se no 19º lugar e o Japão em 21º, considerados países com democracia plena.

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