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Dando continuidade aos eventos em celebração ao Mês da Mulher, a Câmara Municipal realizou, na noite de quinta-feira (16), a palestra “Humanização no Atendimento da Saúde da Mulher”, uma iniciativa da vereadora Thainara Faria (PT), em parceria com o Movimento pela Humanização do Parto de Araraquara.
Para discutir o tema, estiveram presentes a advogada Maria Cristina Venerando; a artista plástica Itaiana Battoni, com capacitação do Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (Gama); e a psicóloga clínica Mariana Tezini, especialista em terapia de família e casal, educadora pré-natal e pós-graduanda em psicoterapia corporal.
Maria Cristina falou da importância da discussão que começou em 2012 na Marcha pela Humanização do Parto. “Possuímos uma das leis mais completas de protocolo no atendimento ao parto, mas é pouco conhecida”, afirmou, citando a Lei do Acompanhante (nº 11.108 de abril de 2015) e doula – mulher que dá apoio físico e emocional à gestante (durante a gestação, o parto e o pós-parto). “O parto humanizado é um atendimento bem feito, respeitando cada mulher. Chegam até nós diversos relatos sobre violência obstétrica”, completou.
Mariana lembrou que o atual cenário da cidade nesse aspecto é ruim. “O que caracteriza o parto humanizado é o atendimento respeitando as escolhas da mulher.” A psicóloga explicou um pouco o que é a violência obstétrica, que pode ser psicológica, por negligência, física ou sexual. Segundo dados da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência no momento em que está dando à luz seu filho. A vítima de violência obstétrica pode procurar os órgãos de defesa da mulher, como a Delegacia da Mulher e a própria Defensoria.
“A violência obstétrica pode causar a morte materna, a morte do bebê ou consequências psicológicas sérias para a mulher, que fica com medo de passar novamente por isso em uma futura gestação”, destacou Mariana. A violência no atendimento à mulher pode acontecer durante consultas ginecológicas, perdas gestacionais, gestação, parto e pós-parto.
A psicóloga entende que o caminho é o empoderamento das meninas quando começam a frequentar o ginecologista. “Temos que mostrar que elas têm escolhas. De maneira prática, podemos denunciar nos conselhos (CRM, Coren), Ministério Público e Defensoria Pública; participar junto às instituições que atendem mulheres; buscar uma inserção no âmbito político, como temos o café com o prefeito aqui em Araraquara; escrever o plano de parto, carta à maternidade e/ou aos médicos; e visitar a maternidade”, completou.
A artista plástica Itaiana comentou o livro “Filhos da Primavera: Histórias de Parto”, no qual ela é responsável pelas ilustrações. A vereadora Thainara informou que a publicação pode ser consultada em seu gabinete.
As três palestrantes falaram do trabalho do grupo Movimento pela Humanização do Parto de Araraquara, que pode ser conhecido através do e-mail humanizacaoararaquara@gmail.com ou pela página do Facebook (www.facebook.com/HumanizacaoPartoAraraquara).
Encerrando a noite, foi exibido um vídeo citando o alto número de cesarianas que são realizadas no Brasil, questão também levantada pelas palestrantes. Mais de 50% dos partos acontecem dessa forma, quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de, no máximo, 15%.
Para a vereadora Thainara Faria, “é importantíssimo que nos conscientizemos sobre como as mulheres têm sido atendidas em nosso município e que passemos isso para a comunidade e profissionais interessados em oferecer às nossas mulheres um atendimento mais humano”.
Entre os diversos presentes no Plenário estavam a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Amanda Vizoná, e a assessora de Políticas Públicas LGBT, Filipe Brunelli.
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