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Recentemente, o vereador João Clemente (PSDB) protocolou a Indicação nº 4.176/2022, sugerindo a criação da Plataforma Araraquarense de Economia Circular e a promoção da Semana de Economia Circular, em parceria com a Fundação Ellen MacArthur.
O parlamentar busca valorizar os conceitos do Mundo Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo (Vuca) e do Mundo Frágil, Ansioso, Não Linear e Incompreensível (Bani), agregando aos programas de economia solidária, coleta seletiva e outros, ações e políticas públicas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável.
“A economia circular busca maximizar a elaboração e implementação de projetos e políticas públicas que gerem desenvolvimento econômico e sustentável, empregos e renda, a partir de ações que alcancem o reuso e a reciclagem de resíduos", completa.
Clemente explica que a economia circular engloba atividades que visam a reduzir, reutilizar e reciclar materiais em toda a cadeia de valor de produtos. “Estudos projetam que até 2050, cerca de 80% dos alimentos serão consumidos em grandes centros. Por isso, é urgente criar processos para que resíduos orgânicos retornem ao meio ambiente sem degradação e descarte incorreto.” Para esse processo, o vereador destaca a importância da compostagem.
“A compostagem é uma grande contribuição para a mitigação das mudanças climáticas, uma vez que os resíduos não compostados geram nos aterros gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa”, analisa.
O parlamentar menciona dados de relatórios da Fundação Ellen MacArthur, os quais revelam que São Paulo é um dos maiores produtores de resíduos orgânicos do mundo. Os dados de 2019 demonstram que uma economia circular para a cidade de São Paulo poderia gerar milhões de dólares em diversos âmbitos da sociedade, e toneladas de emissões de carbono seriam evitadas.
Entre as principais características da economia circular estão: minimização da extração de recursos, maximização da reutilização, aumento da eficiência no desenvolvimento de processos e no uso de produtos. O objetivo é gerar uma gestão eficiente de recursos naturais, mantendo seu mais alto nível de utilidade e valor.
Clemente acredita que os benefícios de uma economia desse tipo são o aproveitamento de materiais em cadeia de forma cíclica e a valorização de recursos naturais em todas as etapas produtivas.
“Novas fontes para investimento, otimização da utilização de matérias-primas, menos desperdício, aumento da geração de empregos, maior eficiência operacional, crescimento econômico, conscientização da população, consumindo com mais cautela e consciência ambiental, e oportunidade para novos negócios e geração de empregos são outras vantagens do modelo circular”, argumenta.
Para o vereador, as empresas vêem essa economia como um modo inteligente de dar nova utilidade a recursos já existentes. Acredita que, além de tornar mais sustentável, a economia circular torna os processos mais lucrativos, restaura recursos físicos e regenera funções de sistemas naturais, trazendo oportunidades econômicas e sociais.
O parlamentar observa que, para a economia circular funcionar, é necessário que haja um bom desenvolvimento da reciclagem. “Deve-se atentar à criação de ações com o intuito de propagar a reciclagem como algo vantajoso, não somente ao meio ambiente, mas também à economia, isso poderia ser uma solução para os desafios econômicos da reciclagem no país”, expõe.
Clemente comenta ainda como é feita a economia circular no território nacional. Cita a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), uma lei, implementada em 2010, que organiza a forma como o país lida com o lixo, exigindo dos setores transparência no gerenciamento de resíduos. Todos os envolvidos no ciclo produtivo se tornam responsáveis pela diminuição de resíduos sólidos e pela adoção de práticas sustentáveis. O vereador referencia dados da CNI, revelando que, no Brasil, 76% das empresas já desenvolvem alguma iniciativa de economia circular.
O parlamentar espera que as considerações citadas acima auxiliem na implantação dessa economia em Araraquara, como já é feito no país.
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