371
No mês de janeiro, a vereadora Filipa Brunelli elaborou o Projeto de Lei nº 22/2023, alterando o artigo 5 da Lei n° 5.119/1998, que trata do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico e Social de Araraquara, de modo a facilitar a inserção das pessoas transexuais e travestis no mercado de trabalho da cidade. Na última terça-feira (28), o PL foi aprovado pela Câmara Municipal.
A parlamentar destaca que a população de travestis e transexuais tem sido, historicamente, alvo de violências atreladas às suas identidades e expressões de gênero em instituições públicas e privadas. “Aqueles que destoam de expressões de gênero esperadas pela sociedade cis-heteronormativa ficam à margem de direitos sociais e civis e, portanto, mais vulneráveis à violação e negação de direitos, por todas as partes”, argumenta.
Filipa julga de extrema importância reconhecer identidades de grupos socialmente marginalizados, por meio de ações intersetoriais, multiestratégicas e de empoderamento político em diversas frentes, para correção de processos históricos e sociais que alimentam estruturas geradoras de marginalização.
A vereadora aponta que essas estruturas podem ser verificadas em diversos setores da sociedade, “por exemplo, na alta evasão escolar de travestis e transexuais e em processos de prostituição, assim como nas altas taxas de desemprego, que funcionam como barreiras para a plena cidadania desse grupo social”.
A parlamentar faz referência a dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), os quais indicam que mais de 90% dessa população encontra-se em trabalho informal, sobretudo no mercado da prostituição sexual.
“A baixa empregabilidade formal nesse grupo social revela a dificuldade de aceitação das identidades de gênero pelos empregadores, fator que é influenciado pelos já mencionados processos de cisão de direitos frente a privilégios sociais de grupos dominantes”, expõe.
Filipa acrescenta que o emprego é um direito social de todos, garantido pela Constituição, por isso pede pela alteração da Lei, demandando que seja empregada, no mínimo, uma pessoa transexual ou travesti a cada 20 funcionários de empresas participantes do programa. “Esses ajustes se dão para correção de variáveis que auxiliam a manutenção do desemprego e da exploração da comunidade”, conclui.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Lançada há três anos em Araraquara, a campanha “Luto Contra as Violências” é o tema da Audiência Pública que acontecerá no Plenário da Câmara Municipal na segunda-feira (25), a partir das 18h30, co...
A Corrida de Santo Onofrezinho para crianças e jovens, de 4 a 17 anos, será realizada no dia 7 de dezembro (sábado), com largada a partir das 8h30, na Pista de Atletismo Armando Garlippe, no São Ge...
A Semana de Poesia José Roberto Telarolli contará com duas oficinas. A escritora Dani Raphael é a convidada da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart para ministrar as atividades gratuitas. Na s...
Uma Audiência Pública realizada no Plenário da Câmara Municipal, na noite de segunda-feira (18), apresentou as políticas públicas desenvolvidas nos últimos anos para as pessoas com deficiência em A...
Projetos com ajuda financeira a entidades de assistência social do município, orçamento de 2025, regulamentação das cavalgadas, recursos para a saúde e outras propostas foram aprovados pelos veread...
A Prefeitura está alertando a população sobre tentativas de golpe em empresas do município, pela Internet, envolvendo pessoas que se identificam como funcionários do Departamento de Licenciamento U...
O conteúdo do Portal da Câmara Municipal de Araraquara pode ser traduzido para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através da plataforma VLibras.
Clique aqui (ou acesse diretamente no endereço - https://www.vlibras.gov.br/) e utilize a plataforma.