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“Quem aqui é contra o pedágio levanta a mão”. Esta foi a fala do vereador Aluisio Boi (MDB), presidente da Câmara Municipal de Araraquara, na Audiência Pública realizada na quinta-feira (11), no Espaço Cenacom, em São Carlos, com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), sobre a proposta de implantação de mais uma praça de pedágio no KM 155 da Rodovia Washington Luiz (SP 310), entre os municípios de Araraquara e Ibaté. Após o chamamento do vereador Boi, todos imediatamente levantaram a mão. Se dirigindo ao diretor da Artesp, Milton Roberto Persoli, o parlamentar acrescentou: “Leve esta mensagem ao governo do estado, que todos estão 100% contra o pedágio”.
Além de Boi, também os vereadores Lucas Grecco (PSL) – segundo secretário da Mesa Diretora, Emanoel Sponton (Progressistas), Guilherme Bianco (PCdoB), Gerson da Farmácia (MDB) e Marchese da Rádio (Patriota) participaram da audiência. Bianco e Gerson também se manifestaram na tribuna do encontro, compartilhando com vereadores de São Carlos, Ibaté, prefeitos, vices e secretários de cidades da região, a mesma manifestação contrária à instalação da praça de pedágio anunciada pela Artesp. O vice-prefeito de Araraquara, Damiano Neto (Progressistas), representou o Executivo de Araraquara.
O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Roselei Françoso, anunciou que há um abaixo-assinado na cidade com mais de três mil assinaturas. “Manifestações como essa e de diversas outras formas já foram entregues ao diretor da Artesp, em uma tentativa de fazer o órgão desistir desta proposta de mais um pedágio aqui perto”, disse.
Vilão ou mocinho
Boi cobrou a atuação de “algumas autoridades que afirmam representar nossa região no Governo do Estado”, como o secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, e o vice-governador, Rodrigo Garcia, que são do interior e de cidades próximas. “Eles estão se escondendo e precisam dizer para nós e para a população se nesta história eles vão ser mocinho ou vilão, porque eles não aparecem nas audiências, nas Câmaras, nas cidades para falar sobre esse assunto. Vivemos um momento quase de pós-pandemia, onde a economia precisa acelerar, porque pessoas perderam o emprego, o empresário viu sua empresa fechar, e o governo do estado, que deveria abaixar a tributação para aquecer a economia, abaixar o pedágio, vem na contramão do que a cidade e a região precisam, do que a esperança das pessoas precisa, e traz uma proposta de mais uma praça de pedágio, em um lugar onde já tem dois pedágios perto um do outro, em Itirapina e Araraquara”, afirmou.
O vice-prefeito de Araraquara, Damiano Neto, também manifestou a “posição do governo municipal, totalmente contrária à nova praça do pedágio”. “São pequenos, médios e grandes produtores, indústrias e empresas de forma geral que serão prejudicados. Não podemos concordar com mais um pedágio na nossa rodovia, já que temos um dos pedágios mais caros do estado, entre Araraquara e Matão, e outro, em Itirapina, ambas, cerca de 30 quilômetros da nova praça proposta”, pontuou, pedindo ao governo estadual e à Artesp que revejam e repensem essa ideia.
O diretor da Artesp, Milton Persoli, até que tentou, porém não conseguiu fazer a apresentação completa das informações sobre a licitação de trechos de rodovias do estado, sendo interrompido diversas vezes por manifestações contra a nova praça de pedágio. “Trata-se de um projeto preliminar, e uma premissa inicial não significa que o projeto será exatamente este e que o pedágio será colocado neste local. Haverá investimento e para pagar este investimento precisa de arrecadação”, declarou, assegurando que o projeto definitivo saíra destas audiências. “Não tem sentido o estado impor uma apresentação, um projeto, vocês serem contrários e isso continuar como está. A opinião de vocês precisa ser considerada. E aqui concluo que a posição dos pedágios tem que ser revista”, indicou.
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