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Após susto, Acácia atinge meta e cidade cria grupo e lei para destinar materiais recicláveis



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A divulgação mostrando a queda no recolhimento dos materiais recicláveis neste mês de julho, pela primeira vez em sete anos em Araraquara, já deu retorno. Foi no limite, mas a cooperativa Acácia atingiu a meta prevista em plena crise econômica. Justamente para tentar evitar novos dramas, a cidade criou nesta quinta-feira (30), um grupo de trabalho para tratar do tema e buscar um programa fixo com o comércio e indústrias. Além disso, a Câmara Municipal deu um primeiro passo e colocará em votação uma lei instituindo a destinação dos resíduos produzidos no prédio do poder legislativo para as cooperativas. A medida pode ser copiada por outros órgãos.

 

Coordenada pela vice-presidente da Casa, vereadora Edna Martins (PSDB), a reunião no Plenarinho da Câmara avançou porque reuniu também o vereador Adilson Vital (PV) e representantes de várias categorias. O gestor de projetos da Acácia, David Teixeira Pinto, mostrou os números do material recolhido pelos 180 catadores, a curva de crescimento dos últimos anos e a preocupação com os índices de 2015. “Estávamos muito apreensivos, mas depois da divulgação feita pela Câmara e pela imprensa, a população ajudou e chegamos na meta”, diz o gestor. “Esperamos que isso permaneça.”

 

No encontro desta quinta-feira, o gerente regional do Ciesp, Charles Bonani, e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara (Acia), Renato Haddad, firmaram um acordo com a Acácia de mostrar o trabalho aos seus associados. No entanto, segundo Bonani, a proposta é interessante, mas precisa estar ligada a algum benefício financeiro ao empresário como um desconto progressivo no IPTU, por exemplo, além da contrapartida social de apoiar uma iniciativa voltada à sustentabilidade.

 

Ação semelhante de parceria deve ser iniciada pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio), de acordo com os representantes Fábio Cerqueira Leite e o biólogo Adalberto Cunha. O grupo criado para discutir o tema deve contar ainda com a participação da Secretaria de Meio Ambiente e o Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae). Para a tesoureira da Acácia, Marta Joaquim, a ajuda coordenada pode fortalecer o trabalho da Associação, que também perde com o volume de material recolhido por catadores avulsos.

 

Como modelo a ser copiado, Edna Martins deve apresentar nas próximas sessões um projeto de lei instituindo a destinação dos resíduos recicláveis da Câmara para as cooperativas do município. Hoje, só existe a Acácia. O texto define que o material poder ser entregue para a cooperativa registrada formalmente, com capacidade técnica e operacional de realizar a triagem e com rateio entre os associados. “Esperamos que essa lei vire exemplo para a Prefeitura e outros órgãos estaduais e federais.”

 

Para a parlamentar, somente um conjunto de medidas práticas podem fortalecer a Acácia e promover a questão ambiental pensando no futuro. De acordo com a Associação, em 2015, o crescimento em relação ao ano passado é de apenas 3%. Um quadro ruim quando comparado com a média histórica. Em 2008, quando o controle passou a ser mais efetivo, a cidade recolhia quase 1.900 toneladas. De 2013 para 2014, o volume vendido foi 14% maior: um salto de 4,5 mil toneladas para quase 5,4 mil. O que equivale a quase 780 toneladas.


Publicado em: 30 de julho de 2015

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Categoria: Câmara

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