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O dia 21 de março, por iniciativa do vereador Roger Mendes (Progressistas), foi incluído no Calendário Oficial de Eventos do Município por meio do Projeto de Lei nº 213/2019 como o “Dia de Conscientização sobre a Síndrome de Down”. O Instituto Conviva Down havia preparado uma série de atividades e ações que aconteceriam durante toda a semana, mas devido ao Coronavírus, toda a programação foi cancelada e a feijoada beneficente foi adiada.
Mesmo com a programação não acontecendo, a conscientização e a reflexão são necessárias, pois, infelizmente, ainda existem muitas pessoas que acreditam que a Síndrome de Down seja uma doença e que ela incapacita as pessoas - um mito que precisa ser quebrado, pois elas devem ser inseridas na sociedade.
De acordo com informações de especialistas, para cada 700 a 800 nascidos vivos no mundo, um tem Síndrome de Down. Números esses que são oriundos de organizações da área da saúde de diversos países. Para se ter uma ideia, estima-se que há de 270 a 300 mil pessoas com essa condição no Brasil, o que mostra que há muito a se fazer para incluir essas pessoas em todas as esferas sociais.
Um estudo indica que as pessoas com deficiência, principalmente as intelectuais, quando incluídas, apresentam um desenvolvimento importante. A contratação para trabalho, por exemplo, contribui para aumentar a autoestima e proporcionar novas conquistas no âmbito pessoal relacionadas ao sentimento de utilidade, de participação social, de contribuição na vida financeira da família, entre outros.
O que é a Síndrome de Down
Não é uma doença, trata-se de uma ocorrência genética natural que acontece por motivos desconhecidos, na gestação, durante a divisão das células do embrião. É uma alteração cromossômica que acontece quando crianças nascem dotadas de três cromossomos (trissomia) 21, e não dois, como o habitual. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do indivíduo, determinando algumas características físicas e cognitivas peculiares.
A síndrome pode ser diagnosticada ainda no útero da mãe, por meio de exames específicos, e o principal fator de risco está muito associado à idade da mãe. Uma grávida de 30 anos, por exemplo, tem 1 chance em 1000 de ter um bebê com Down, já para uma mãe de 35 anos, as chances são de 1 em 400. Aos 40 anos, 1 em 100, e aos 45 anos, as chances aumentam de 1 a cada 30. Se o pai e a mãe têm a síndrome, a chance de ter um filho com a mesma condição genética será de 80%. Se só um dos parceiros tiver a síndrome, a possibilidade de ter um filho com Down cai para 50%.
Entre as características visuais de quem tem a síndrome, estão olhos amendoados, devido às pregas nas pálpebras, rosto um pouco mais arredondado, braços e dedos um pouco mais curtos. Em geral, as crianças com Síndrome de Down são menores em tamanho, e o desenvolvimento físico e mental é mais lento que o de outras crianças da mesma idade, além de o tônus muscular ser mais fraco e a língua ser protrusa, maior do que o normal. Essas limitações não significam que as pessoas com Down não possam ter uma atividade econômica, que não possam trabalhar, que não possam estudar, viver em família ou em sociedade.
Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem aproximadamente 300 mil pessoas com Síndrome de Down. Essa estimativa pode ser levantada com base na relação de 1 para cada 700 nascimentos, levando-se em conta toda a população brasileira.
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou resolução que estabeleceu a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, a qual foi devidamente ratificada pelo Brasil no ano de 2008, bem como seu Protocolo Facultativo, obtendo, assim, equivalência de emenda constitucional, além da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), valorizando a atuação conjunta entre sociedade civil e governo, em um esforço democrático e possível.
A inclusão dessas pessoas na vida escolar e profissional aumenta sua possibilidade de desenvolvimento, além de reforçar para a sociedade a necessidade de respeito às diferenças, quaisquer que sejam.
O Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado em 21 de março (21/3) em alusão aos 3 cromossomos no par número 21, característico das pessoas com Síndrome de Down. A data foi escolhida pela Down Syndrome International, por uma ideia do geneticista Stylianos E. Antonarakis, da Universidade de Genebra.
A data está no Calendário Oficial da ONU, sendo comemorada pelos 193 países-membros da Organização. Desde dezembro de 2018, a notificação pelo nascimento de crianças com síndrome de Down se tornou compulsória (Lei nº 13.685/2018).
Assessoria de gabinete do vereador Roger Mendes (Progressistas)
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