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Em Araraquara, a hidroterapia atende 396 alunos, entre bebês a partir de 8 meses e adultos de até 59 anos, conforme apurou o vereador Rafael de Angeli (Republicanos) em visita ao complexo esportivo da Ferroviária no início de fevereiro. No entanto, a atividade, tocada pela Secretaria Municipal da Saúde e gratuita pelo SUS, se encontrava parada desde 31 de dezembro do ano passado.

Já a hidroginástica, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, retornou suas atividades no dia 2 de janeiro, com seis turmas por semana, com cerca de 15 a 20 alunos em cada. Ela atende idosos acima de 60 anos, encaminhados pelo Centro de Referência do Idoso de Araraquara (Cria).

“Recebemos diversas reclamações relatando que a hidroterapia ainda não havia retornado aos atendimentos no ano de 2024. A União dos Deficientes Físicos de Araraquara (Udefa) teria assumido a responsabilidade, mas até o momento da nossa visita de fiscalização, não haviam sido tomadas medidas efetivas para retomar os atendimentos, deixando os pacientes da hidroterapia sem assistência”, afirmou o parlamentar.

 Por isso, Angeli encaminhou um requerimento à Prefeitura, pedindo informações sobre a hidroterapia e a hidroginástica do complexo esportivo da Ferroviária.

“A hidroterapia busca reduzir dores, fortalecer a musculatura, ampliar a amplitude articular, promover o relaxamento muscular, estimular o equilíbrio e a coordenação motora, além de melhorar a capacidade respiratória. Realizada em um ambiente seguro, sem riscos de quedas, ela proporciona aumento da confiança e melhora funcional. Já a hidroginástica melhora a força muscular, resistência, flexibilidade e equilíbrio, além de reduzir o impacto sobre as articulações em comparação com exercícios terrestres, apresentando menor risco de lesões. Ela é altamente recomendada para melhorar a capacidade motora funcional e a independência da população idosa”, argumenta o vereador.

No entendimento do parlamentar, o espaço onde está localizada a piscina na qual são ministradas as aulas de hidroterapia e hidroginástica necessita de melhorias, visando a proporcionar condições mais adequadas e seguras para os frequentadores. “Os chuveiros carecem de um sistema apropriado para a regulagem da temperatura, pois parte dos usuários são idosos e enfrentam dificuldades para escolher uma temperatura confortável. Alguns equipamentos, como os espaguetes, estão em condições inadequadas, comprometendo a qualidade das aulas. O banheiro masculino apresenta piso quebrado, o que representa um risco à segurança e conforto dos frequentadores. Além disso, recebemos reclamações referentes à falta de limpeza da piscina”, detalha Angeli.

No documento, o vereador pergunta quais são as medidas planejadas ou em andamento para melhorar as condições do espaço e equipamentos utilizados para a prática de hidroterapia e hidroginástica no complexo esportivo da Ferroviária; por qual motivo a hidroterapia não tinha voltado com os atendimentos; quantos pacientes estão sendo atendidos por modalidade; se existe fila de espera para atendimento e, em caso afirmativo, quantas pessoas, por modalidade, estão aguardando por atendimento; e qual o custo para manter a estrutura em funcionamento.

Ele ainda pede detalhes sobre o vencimento do contrato anterior e os motivos que levaram à não renovação do contrato com os antigos responsáveis pela hidroterapia, além das justificativas para a demora na retomada dos atendimentos e as medidas planejadas para resolver esse impasse.

"O retorno das atividades é extremamente necessário, e sabemos que algum progresso foi feito. Aguardamos agora as respostas oficiais do setor responsável para que possamos dar transparência a toda a situação que envolve a hidroterapia e também a hidroginástica de Araraquara", finaliza Angeli.