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Credenciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro de Araraquara, Raiza Araújo de Paula utilizou a Tribuna Popular da Câmara Municipal, na sessão ordinária de terça-feira, 19 de agosto, para defender a realização de um plebiscito popular por uma Constituinte exclusiva soberana do sistema político.
Aluna do 4º ano de Economia da Unesp, Raiza é integrante do Comitê Plebiscito Constituinte e falou em nome de outras entidades integrantes do grupo. Ela anunciou a realização de um ato público em defesa do plebiscito no dia 22 ato de agosto. A votação ocorrerá entre os dias 1º e 7 de setembro com urnas colocadas em escolas, praças, igrejas, terminais de ônibus, sindicatos, no comércio e na Câmara Municipal.
Raiza relatou que os cerca de mil comitês municipais espalhados pelo Brasil querem o fim do financiamento privado para campanhas políticas, aprofundamento dos mecanismos de controle e maior participação popular, voto proporcional e em lista, e fim do Senado, entre outras reivindicações.
Propostas
De acordo com ela, o objetivo é frear a influência do poder econômico nas administrações. “Quem recebeu dinheiro fica comprometido com o financiador”, afirmou. O voto proporcional e em lista serviria para melhorar a representação dos Estados e equilibrar as bancadas.
Para Raiza, o fim do Senado poderia diminuir a burocracia e a demora na apreciação de projetos no Congresso. “Hoje, temos duas Câmaras, mas a representação é desproporcional e nos sentimos poucos representados”, frisou. “(O Congresso) É pouco democrático”.
A estudante salientou que a reforma política, a ser definida por uma Constituinte eleita exclusivamente para isso, “é uma necessidade, esse é o momento certo para um plebiscito”. Ela contou que mais de 300 movimentos sociais assinam a proposta. “É uma forma de pressão para que as instituições serem mais transparentes e democráticas”, observou.
Representação
Segundo Raiza, “atualmente, as pessoas não se sentem representadas, a política é feita de forma não democrática e não popular”. Ela defendeu mais representatividade para mulheres, negros, índios e jovens. “Hoje, a maioria dos congressistas é formada por homens brancos mais velhos; é importante que haja cotas e lista paritária alternada”, disse.
Raiza explicou que os comitês surgiram a partir das manifestações ocorridas em meados do ano passado. “O plebiscito é uma reivindicação da sociedade civil e de diversas entidades; é uma forma de consulta popular para decidir questões importantes. Depois das manifestações, a presidente Dilma se comprometeu com a reforma política, mas os congressistas não gostaram porque são beneficiados pela forma como o sistema funciona hoje”, criticou.
Por fim, Raiza convidou os vereadores e a população para participar de reuniões todas as quartas-feiras, às 19 horas, no Sindicato dos Bancários. “É muito importante que todos participem e votem para pressionarmos por uma reforma política abrangente e democrática. A vontade de mudanças não acabou”, concluiu.
A realização do plebiscito em favor da reforma política recebeu apoio dos vereadores Gabriela Palombo (PT), Elias Chediek (PMDB) e Edna Martins (PV) que falaram em nome das bancadas que lideram na Câmara Municipal.
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