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Vereadores visitam aterro de Guatapará e defendem fortalecimento da coleta seletiva



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O presidente da Câmara, Jéferson Yashuda Farmacêutico, e o vereador José Carlos Porsani, ambos do PSDB, visitaram nesta semana o aterro sanitário de Guatapará e conheceram a primeira usina que utiliza lixo para gerar energia no interior de São Paulo. Localizado a 50 quilômetros de nossa cidade, entre Araraquara e Ribeirão Preto, o Centro de Gerenciamento de Resíduo, como é chamado o aterro, recebe diariamente cerca de 1,8 mil toneladas de lixo doméstico recolhidas atualmente  em 13 cidades da região. Construída pela Estre Energia Renovável em parceria com a ENC Energy de Portugal, a usina teve um investimento de R$ 15 milhões para a produção de biogás a partir do lixo. Segundo o engenheiro Leandro Soares, a planta de Guatapará tem capacidade para gerar 4,2 megawatts de energia, suficientes para abastecer uma cidade com 18 mil habitantes. A energia gerada no aterro já passou a abastecer a subestação de Pradópolis (SP), a 15 quilômetros de Guatapará, e de lá é distribuída para o restante do Estado.

 

Geração de energia

Toda energia gerada pela usina de biogás do aterro sanitário de Guatapará é obtida a partir do gás metano extraído através do lixo orgânico já em decomposição. O gás é distribuído por tubos instalados em todo o Complexo de Gerenciamento de Resíduos e levado para os dutos de captação do gás, passando pelo processo de limpeza, resfriamento e queima em moto gerador. “A geração de energia renovável é muito importante para a população, é um passo a mais na melhoria do meio ambiente. Além disso, essa energia pode ser comercializada, diminuindo assim os custos operacionais. Ver e constatar a eficácia, a limpeza e, principalmente, o atendimento a mais de vinte cidades da nossa região, nos dá tranquilidade para sabermos que o meio ambiente está sendo preservado. A natureza agradece”, disse Porsani.

 

Araraquara

Desde outubro de 2009, quando o aterro sanitário de Araraquara foi lacrado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb), por estar com sua capacidade máxima esgotada, o lixo recolhido nas residências é levado para o ponto de transbordo, ao lado do antigo aterro sanitário localizado atrás do Parque do Pinheirinho, onde é carregado em contêineres e levado ao aterro de Guatapará. Os serviços de transbordo e disposição final dos resíduos sólidos em aterro sanitário licenciado em Guatapará custam ao Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) R$ 6.819.999,97 ao ano, cujo serviço é feito pela empresa Cavo Serviços e Saneamento S/A. Já o serviço de coleta tem um custo mensal de R$ 535 mil, sendo realizado pela empresa Sistemma Assessoria e Construções Ltda ME. A autarquia é responsável pela gestão dos resíduos sólidos gerados no município. Decreto da Prefeitura publicado em 26 de junho deste ano aumentou em 4,76% a taxa de resíduos sólidos (taxa do lixo), cuja cobrança é vinculada ao consumo de água. Yashuda disse que a população é atendida pela coleta de resíduos sólidos, bem como 100% dos resíduos recebem destinação final adequada. “Entretanto, o transbordo e a destinação final dos rejeitos em aterro sanitário privado, distante 50 quilômetros de Araraquara, encarece o serviço”, avalia. Yashuda e Porsani também visitaram a Cooperativa de Catadores Acácia, que realiza a coleta seletiva na cidade em parceria com o Daae. Os catadores passam diariamente de porta em porta nas moradias urbanas e, cada mês, 480 toneladas de resíduos são separadas pela cooperativa. Os parlamentares defendem o fortalecimento da coleta seletiva.  “A ampliação da coleta seletiva aumenta o índice de reciclagem de materiais, evitando o descarte incorreto, diminui o volume e custo do transbordo e destinação final do lixo, além de gerar mais emprego, renda e fortalecer o cooperativismo”, afirmam. Os vereadores vão encaminhar as informações da visita a Guatapará aos membros da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara criada para avaliar alternativas para o aterro sanitário. O objetivo do grupo é estudar e apresentar ao Executivo uma proposta que viabilize uma solução ecológica e correta para o lixo produzido no município.

 

A CEE é presidida pelo vereador Elias Chediek (PMDB) e tem como membros os vereadores Lucas Grecco (PSB) e Juliana Damus (PP).

 

Assessoria de gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Araraquara


Publicado em: 01 de novembro de 2017

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Categoria: Câmara

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