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Desde o começo de 2019, o vereador Rafael de Angeli (PSDB) vem percorrendo os órgãos de atenção à saúde mental da cidade para se aprofundar nos serviços e demandas do setor. O objetivo é propor um projeto de lei que inclua o “Janeiro Branco” no Calendário Oficial de Eventos do município. “Existe muito preconceito e desinformação em relação à saúde mental, por isso é necessário promover reflexões e informação sobre o tema”, observou o parlamentar, que levou as demandas recolhidas à secretária de Saúde, Eliana Honain, na sexta-feira (22). “Ainda é uma área fragilizada na cidade. Terminando os ajustes da atenção básica, que estamos fazendo, vamos equipar a saúde mental”, adiantou a chefe da pasta.
Ambos também conversaram sobre a situação da dengue em Araraquara, com 2035 casos e três óbitos confirmados até o dia 25 de fevereiro. “A doença continua se propagando em um ritmo constante, sem melhoras nem pioras”, informou a secretária. “Temos um problema com as casas fechadas, porque a Prefeitura não pode simplesmente arrombar e entrar para fazer a limpeza. Há toda uma questão legal, não é simples assim. Os mutirões estão recolhendo quantidades assustadoras de lixo nos quintais. Todos nós somos acumuladores em algum nível, mas é preciso sermos responsáveis”, alertou Eliana. Ela ressaltou que a pessoa com suspeita de dengue deve procurar os serviços de saúde o quanto antes, pois é importante confirmar e monitorar as condições físicas do paciente desde o início, para evitar complicações. Ela também informou que a Prefeitura começará a fazer nebulizações em bairros onde haja casos confirmados da doença, a fim de atingir os insetos alados, o que não diminui a atenção ao acúmulo de água parada, onde as larvas podem se desenvolver.
Crasma
A reunião foi aberta com as questões levantadas pelo Centro de Referência Ambulatorial de Saúde Mental de Araraquara (Crasma) “Dr. Ubirajara Caldas”, cujos funcionários solicitaram um assistente social, mais psiquiatras e um plano de carreira. Eliana informou que a Prefeitura já liberou a reposição de médicos para a saúde mental, inclusive dois psiquiatras para o Crasma, e que o assistente social também está na programação. “Temos reposto médicos primeiramente nos Caps (Centro de Atenção Psicossocial), que não podem ficar sem, pois o paciente é acolhido em qualquer intercorrência, não é um serviço agendado.”
Caps II
Já a equipe do Caps II se queixou que a sede está pequena para o número de pacientes, além da falta de profissionais de várias especialidades e de um banheiro adaptado. Um projeto de emprego para pacientes e a possibilidade de oferecer internação psiquiátrica na Santa Casa também foram sugeridos. Eliana explicou que a Prefeitura está trabalhando para redimensionar a força de trabalho em todos os Caps, com concursos e reposição dos profissionais que aderiram ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) da Prefeitura. A secretária também reconheceu a necessidade do banheiro adaptado. “É muito importante. Vamos providenciar.” No tocante ao projeto de emprego, informou que consultará a Secretaria Municipal do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico quanto à viabilidade. No que diz respeito às instalações, Eliana orientou a equipe a indicar uma casa mais adequada, para que a pasta estude a possibilidade de mudança. Já quanto a leitos para internação psiquiátrica na Santa Casa, a secretária esclareceu que “não é o seu propósito. Há outros hospitais que recebem os pacientes psiquiátricos, como a Casa Cairbar Schutel e o Hospital Estadual de Américo Brasiliense”.
Caps AD
O Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-AD) “Dr. Calil Buainain” levantou a questão do benefício de vale-transporte para os pacientes. “De acordo com os funcionários, antigamente, a Secretaria de Assistência Social fornecia passes, mas cancelou. Com isso, há pessoas que interrompem o tratamento por dificuldades financeiras”, apontou Angeli. Eliana explicou que “a saúde é universal, por isso a Secretaria não pode fazer diferenciação por condições socioeconômicas. Caberia realmente à Assistência Social fazer essa classificação”.
CMS do Jardim Iguatemi
O Centro Municipal de Saúde do Jardim Iguatemi apontou falta de pediatras (há apenas um fixo), auxiliares de dentistas e seguranças. Alguns materiais também são necessários, como saquinhos para autoclave de limpeza e cápsulas para um amalgamador. Além disso, um aparelho de ultrassonografia enviado para manutenção ainda não retornou e um bebedouro está quebrado na unidade. Por fim, os funcionários se queixaram de desencontro de informações para fornecimento de remédios entre os serviços da atenção básica e questionaram se todos os equipamentos e produtos odontológicos são comprados por processo de licitação ou se há compras emergenciais. De acordo com Eliana, a Guarda Civil Municipal já foi consultada e não tem efetivo para providenciar segurança adicional ao CMS. Ela informou ainda que a Prefeitura liberou a contratação de 14 dentistas e auxiliares para a rede. Ela já havia sido informada sobre a questão dos remédios e explicou que se tratam de medicamentos não padronizados, ou seja, que não constam da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) que devem estar à disposição dos usuários do Sistema Único de Saúde (Sus). Quanto a equipamentos, a secretária confirmou que o bebedouro será consertado e que todas as compras da área odontológica devem passar por licitação. “O Tribunal de Contas não permite compras em outra modalidade”, explicou.
CMS do Jardim Paulistano
A necessidade de pediatra, dentista e técnico de enfermagem foi um dos elementos apontados pelos funcionários, além da sugestão de algum tipo de trabalho conjunto entre o SUS e a Faculdade de Odontologia da Unesp. “Temos um convênio oficial com a Unesp para serviços mais complicados e logo haverá também para alguns setores, como os assentamentos. Mas o paciente é responsabilidade da Atenção Básica, que estamos nos programando para fortalecer.” Para Angeli, é sempre importante expor à secretária as demandas de seu gabinete. “Sempre trazemos as dificuldades que encontramos na saúde de nossa cidade para a Eliana e, muito solícita, sempre ajuda no que é possível, afinal, estamos falando e tratando de vidas, que merece nossa melhor doação”.
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